Teste Rápido (HIV, SÍFILIS, HEPATITE B e C)

Teste Rápido (HIV, SÍFILIS, HEPATITE B e C)

 

A ampliação do acesso ao diagnóstico é um desafio aos programas de saúde pública. Os testes laboratoriais convencionais são operacionalmente mais complexos, requerem profissionais especializados em laboratório e infraestrutura física e de máquinas apropriadas. Além disso, o prazo para entrega dos resultados desses testes pode ser longo, levando o indivíduo a se desinteressar pelo resultado do teste e à consequente perda deste pelo sistema de saúde. 

 

Ao final da década de 1980, uma nova estratégia diagnóstica surgiu. Chegaram ao mercado, os testes rápidos. Com o avanço das tecnologias de desenvolvimento e produção, esses testes revelaram-se eficientes na investigação de doenças infectocontagiosas. Desde 2005, a utilização dos testes rápidos permite atender à crescente demanda pelo diagnóstico de agravos relevantes à saúde publica, visto que sua utilização aumenta a agilidade da resposta aos indivíduos e permite seu rápido encaminhamento para assistência médica e início de tratamento.

 

Testes rápidos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de estrutura laboratorial.Os testes rápidos são, primariamente, recomendados para testagens presenciais. Podem ser feitos com amostra de sangue total obtida por punção venosa ou da polpa digital, ou com amostras de fluido oral. Dependendo do fabricante, podem também ser realizados com soro e (ou) plasma.O DDAHV fornece, atualmente, testes rápidos para a triagem e/ou o diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites B e C.

 

Os testes são utilizados em diversos locais do país por meio de projetos como o Viva Melhor Sabendo. O projeto é uma parceria do Ministério da Saúde com 60 organizações da sociedade civil de todo o país, que vão até grupos prioritários - homens que fazem sexo com homens, gays, transexuais, travestis, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas - para realizar a testagem.

 

Ter um diagnóstico positivo do HIV precocemente permite que o paciente comece o tratamento no momento certo e tenha uma melhor qualidade de vida. Mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

 

Além do teste rápido, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a testagem laboratorial de forma gratuita e anônima nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento. Não só o diagnóstico, mas também o tratamento, é oferecido gratuitamente pelo SUS. 

 

Deve fazer o teste quem tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido. Após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora cerca de um mês para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste. Por conta disso, o mais aconselhável é que se faça o exame após esse período.

 

 

Qual profissional de saúde é habilitado para a realização de testes rápidos?

Conforme Portaria n° 29, de 17 de dezembro de 2013, a qual aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças, qualquer profissional pode realizar o teste rápido, desde que tenha sido capacitado pessoalmente ou à distância. O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) fornece capacitação à distância gratuitamente por meio do TELELAB (http://www.telelab.aids.gov.br/), onde estão disponíveis vídeos com procedimentos para a realização dos testes rápidos.